domingo, 25 de setembro de 2011
Talita


Nem que quiséssemos nos despir
De tudo o que atrasa e fere
E conseguíssemos viver
Quentes como em febre
Nem que tudo se resumisse nela
Nem que fluísse menos bela
Nem assim, desenhada, por escrita,
Por mais que eu me encontrasse
Ao me perder em Talita
Nem que fosse nosso último dia
Meu último descanso em ti
Teu seio, meu afago,
colo túrgido em sonhos.

Sou voraz, calmaria,
tanto faz (ou faria)
como te aguardo no tempo
a alma despida
Caminharíamos transversais
famintos do vértice
que nos tornaria, em verdade,
muito mais.


1 comentários


  1. T@li Le@l says:

    Parabéns poeta..muito bom...!

    25 de setembro de 2011 às 11:22

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