sábado, 17 de setembro de 2011

Tatiane



O Sol, quando nasce,
Não pede, antes, anunciação
A Lua, quando dança,
não escolhe a canção.
A flor, se vai brotar,
Não sabe de sua abelha
Nem soube sua beleza
Aquele que a semeia.

Nem mesmo os carnavais
Sabem dos foliões
Tampouco nós, poetas,
Nascemos dos ditames
E como se estrela
- e como não se fosse -
Do mais formoso céu
Ofusca em luz Tatiane

Pois rouba, sem aviso
Sem pedido ou pudor
Sem leis da natureza
Meu desejo anarquizo
Tatiane, onde sou presa
E ela, predador.

[Júnior Leal]

Obs.: Na foto minha linda amiga Tatiane M., também inspiradora deste poema.

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